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Assistente Técnico Pedagógico na EEB Cel. Cid Gonzaga, em Porto União - SC e Professora Pedagoga na EE do Campo São Domingos, em União da Vitória - PR. Graduada em Pedagogia, com Especialização em Psicopedagogia e Pré – Escola e Séries Iniciais. Procuro permanentemente estimular meus alunos a buscar o novo, despertando neles a curiosidade, o interesse e a participação, promovendo uma relação interativa, ouvindo-os e levando-os a refletir sobre suas habilidades e competências. É assim que ensino aprendendo, me transformando num estimulador da curiosidade do aluno, transformando informação em conhecimento e conhecimento em saber, em vida, em sabedoria. Despertando a sabedoria e o potencial do gigante, da criança e do filósofo que estão bloqueados dentro de cada aluno, nós educadores da era digital estaremos realmente fazendo EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.

domingo, 13 de novembro de 2011

I Seminário Catarinense dos Articuladores Técnicos Pedagógicos termina em clima de integração







Por Suely de Aguiar
FONTE: http://www.sed.sc.gov.br

Conlusão de mesa temática sobre o papel do articulador pedagógico, palestra sobre empreendedorismo,  muita integração aliada à descontração, além de apresentação de dança do Instituto Estadual de Educação  marcaram o último dia do I Seminário dos Articuladores Técnicos Pedagógicos (ATPs), da rede pública estadual de ensino, na quarta-feira (26/11/2011) no Centro de Eventos, em Florianópolis.
Um dos pontos altos do evento foi a palestra "Liderança e Empreendedorismo nas escolas", proferida pelo psicoterapeuta, supervisor clínico e especialista em Psicologia Escolar, Leo Fraiman, um dos criadores da Metodologia "Orientação Profissional-Empregabilidade e Empreendedorismo (OPEE).
 
O Seminário, que integrou a programação do Educasul 2011 iniciado na segunda-feira (24), foi encerrado pelo secretário de Estado da Educação (SED) Marco Tebaldi que falou para um público de 2.200 educadores, dos quais mais de 1.300 ATPs. "É importante que vocês retornem para suas escolas com a certeza de que o primeiro passo já foi dado e que o seu papel é buscar ser sempre o elo pedagógico entre os demais setores, não esquecendo que o foco é a aprendizagem qualitativa para os nossos alunos".
diretora de Educação Básica da SED Gilda Mara Marcondes Penha, que está em viagem de trabalho, enviou mensagem ressaltando a importância do articulador pedagógico (ATPs, supervisores, orientadores e supervisores educacionais), lida pela gerente de Ensino Médio, Maike Ricci. " O articulador é um dos elos entre aluno, professor, diretor e comunidade e se configura como agente de mudança na procura de uma educação com qualidade para Santa Catarina", diz parte do texto da Diretora.
No discurso de encerramento do Seminário, Tebaldi destacou mais uma vez as prioridades para a sua gestão como a reformulação do quadro de pessoal nas unidades escolares, a formação continuada e a continuidade da formação dos ATPs. "O faz tudo vai ter de acabar", declarou o secretário se referindo a varias atividades desses profissionais. Foi aplaudido quando falou na melhoria salarial para os educadores. "Já tem um grupo de estudos trabalhando sobre a questão e acho a melhoria salarial é necessária e possível", ressaltou.
O secretário da Educação também anunciou a aquisição de um conjunto de seis livros que tem entre os autores Vera Lucia Trevisan de Souza e Vera Maria Nigro de Souza Placco, conferencistas do Seminário. A previsão é fevereiro para que as obras estejam nas 1.350 escolas da rede pública estadual.
A metodologia OPEE é outra meta de Marco Tebaldi para a 100 unidades escolares de Ensino Médio Integral que começam a funcionar em 2012. Segundo o secretário, a metologia vai ao encontro do projeto catarinense que oferecerá atendimento nos três períodos aos alunos, com o currículo tradicional e formação específica em Língua Inglesa, Informática e Empreendedorismo. "Vamos conversar com o governador Raimundo Colombo para ver a possibilidade de ampliar a metodologia de Fraiman para todas as escolas", disse.
Liderança e Empreendedorismo - Durante mais de uma hora, Leo Fraiman, conferecista internacional e autor de vários livros falou, apresentou vídeos, andou em meio ao público, brincou e levantou, literalmente, os participantes do Seminário promovido pela SED. Sutilmente criticou os testes vocacionais e ressaltou a importância de se preparar o aluno, principalmente o jovem do ensino médio, para a profissão que ele deseja seguir. "Tem de preparar o aluno também para pensar no bolso e a riqueza espiritual é a única coisa que está sob nosso controle".
Sobre aqueles que atuam nas escolas declarou: "Não temos o direito de sermos medíocres. O único lugar em que temos o poder de transformar a sociedade é na escola". Frisou várias vezes a importância do "Sonho", da "Conquista" e da "Atitute". Aliado a isso, a criatividade. Segundo pesquisa da NASA, crianças de 5 anos têm 98% de idéias criativas e pessoas com 25 anos, apenas 2%. "A influência do projeto de vida do educando começa quando ele vem ao mundo e o aluno é o centro de seu projeto e o professor tem o papel de levá-lo a sonhar", destacou Fraiman.
Entre outros assuntos, o palestrante falou sobre o quanto é importante que o professor preserve o aluno. "O estudante deve ser preservado do nosso pessimismo, da nossa tristeza, principalmente o jovem do Ensino Médio que já pensa no que vai fazer futuramente". Fez um levantamento das áreas no mercado de trabalho e da importância de deixar que cada um escolha a sua profissão. "A única certeza é que um dia vamos embora e por isso devemos deixar um legado, seja numa empresa,  em um bom trabalho, filhos entre outros". "O empreendedorismo não é uma escola, é um dever de ética".
A Identidade Profissional do Articulador Pedagógico: sínteses e desafios - Mesa Temática com Vera Lucia Trevisan de Souza (PUC/Campinas) e Vera Maria Nigro de Souza Placco (PUC/São Paulo), mostrou as principais preposições baseadas nas discussões com os especialistas. Entre essas preposições está  rediscutir a formação continuada específica para o Articulador Pedagógico  sob os pontos de vista: da suas funções privativas e de sua atuação junto aos professores de diferentes níveis de ensino.
"Uma escola que tenha coordenador pedagógico (ATPs, supervisores, administradores e orientadores escolar) e além disso que tenha funcionários de apoio, que garantam o bom desempenho das funções administrativas e burocráticas", citou Vera Lúcia. Argumentou ainda que para a decisão de um módulo (profissionais necessários) é importante levar em conta o número de alunos, de professessores e de níveis de ensino, além de preparo dos coordenadores em sua função.
Outras preposições são  a melhoria das condições objetivas de trabalho dentro da unidade escolar quanto à sua estrutura física e composição de equipes, estabelecer diretrizes de trabalho entre coordenadores pedagógicos e demais educadores e nunca esquecer que "a escola é um espaço de conhecimento e aprendizado para aluno e professor".
Para o professor Élcio Cecchetti, assessor da Diretoria de Educação Básica da SED, a  parceria com as duas educadoras, além de bonita, trouxe muito aprendizado a todos os participantes do evento. Citou a diretora Gilda Mara "que viveu até recentemente dentro da escola" e que com essa articulação a Secretaria viabilizou o evento. Sobre o papel e a identidade dos articuladores pedagógicos, falou aos mais de 2 mil educadores: "Depois disso tudo, que eu faço? Ainda não está acabado. Tudo vai se dar paulatinamente e a hora agora é socializar e compartilhar o que viram e ouviram".

EDUCASUL 2011 e I Seminário Catarinense dos Articuladores Técnicos Pedagógicos




Seminário com mais de 2 mil profissionais da SED lota auditório do Educasul

Por Suely de Aguiar
Seg, 24 de Outubro de 2011

No primeiro dia da sétima edição do Educasul 2.200 profissionais ligados à Secretaria de Estado da Educação lotaram um dos auditórios do Centro de Eventos de Florianópolis, com a abertura do I Seminário Catarinense dos Articuladores Técnicos Pedagógicos (ATPs).
Participaram da abertura do evento o secretário da Estado da Educação, Marco Tebaldi, que representou o governador Raimundo Colombo; o secretário municipal de Educação de Florianóopolis, Rodolfo Pinto da Luz, representando a Undime e o prefeito Dário Berger; e a presidente executiva do Educasul, Jorgete Gomes. Também estiveram presentes o secretário de Cultura, Esporte e Turismo, Cesar Souza Júnior, diretores, gerentes e técnicos da Secretaria.
Depois de cumprimentar a mesa e o público, Tebaldi falou sobre a importância da formação continuada dos educadores e foi aplaudido, quando declarou: " Este evento é para vocês e desde que teve concurso (2005) para o ATPs, não havia sido promovida nenhuma capacitação e vamos continuar realizando seminários como este". Para Vera Lúcia Trevisan de Souza, da PUC de Campinas e uma das palestrantes do evento, "É uma honra participar da primeira formação direcionada aos articuladores pedagógicos no Brasil". Baseada em pesquisas, a educadora, que dividiu a palestra de abertura com Vera Maria Nigro de Souza Placco, da PUC de São Paulo, "este profissional ainda não é valorizado como deveria".
O secretário Marco Tebaldi lembrou três metas propostas pela diretora de Educação Básica, Gilda Mara Marcondes Penha, que está viajando a trabalho, assim que assumiu o cargo: liberar o Projeto "Dinheiro Direto na Escola", já orçado para 2012; recompor o coletivo da educação, mantendo as equipes uníssonas; e promover formação continuada a todos os educadores da rede pública estadual. Quanto aos estudantes, Teladi ressaltou que o foco da rede pública estadual é a implantação do Ensino Médio Integral e Inovador, que pretende atrair e manter mais o jovem e para aqueles economicamente carentes e que precisam trabalhar, o Governo estuda alternativas como a concessão de bolsas.
Disse ainda que mais encontros serão promovidos e informou que já foram realizadas reuniões técnicas com os 36 gerentes regionais de Educação, supervisores de ensino, de assistência ao educando, diretores de escola e diretores de 100 unidades escolares que implantaram o Ensino Médio Integral entre outros. "Em 2012 a SED vai investir ainda mais nesses cursos", finalizou informando que o ano letivo para os professores inicia em 8 de fevereiro e para os alunos no dia 14.
Ainda sobre a importância do I Seminário Catarinense dos Articuladores Técnicos Pedagógicos, o secretário municipal de Educação de Florianópolis, Rodolfo Pinto da Luz, que "pela sua extensão, o evento vem trazendo grande contribuição para a Educação de Santa Catarina". Trata-se de um investimento na área educacional que além de trazer especialistas é um momento de troca de experiências para que tenhamos educação de qualidade para todos, com igualdade e oportunidade de também ter acesso ao ensino superior, complementou. O secretário de Turismo, Cultura e Esporte definiu o seminário como "um evento muito bem organizado e tão bem representado pelos nossos educadores".
Mesa de Abertura - Mediada pelo assessor da Diretoria de Educação Básica da SED, Elcio Cequeti, as educadoras Vera Lucia Trevisan de Souza, da PUC de Campinas, e Vera Maria Nigro de Souza Palco, da PUC de São Paulo, falaram sobre "O Papel do Articulador Pedagógico como Agente de Mudanças no Cotidiano Escolar".
Durante a palestra, as mestres e doutoras em Educação deixaram claro o seu objetivo: propor qual o papel desse profissional no Brasil e em Santa Catarina. Destacaram a importância de se refletir sobre as questões que permeiam a complexidade do articulador e lembraram mais uma vez que não existe formação para essa área.
Outra polêmica é o fato de a sociedade e comunidade local não valorizarem esses educadores que na maioria dos casos são respeitados pelos professores, mas ignorados pelos pais e os alunos não se interessam por ele. Se envolvem muito em questões administrativas, atendem telefone, participam de reuniões, prestam atendimento a professores e consideram o tempo dedicado ao Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola insuficiente. Estas e outras questões foram levantadas pelas palestrantes que participaram de uma pesquisa em cinco estados brasileiros.
Público-alvo - No total são 2.200, dos quais 1.318 assistentes técnicos pedagógicos. 95 supervisores educacionais, 131 administradores escolares, 165 diretores de escola, 36 gerentes regionais de Educação, 36 supervisores de Educação Básica e Profissional, 36 integradores de ensino fundamental, 36 de ensino médio, 36 de Diversidade e 48 diretores, gerentes e técnicos da SED.
Educasul 2011 - Programação do Seminário
25/10 (3ª feira)
08h00 às 12h00: Mesas Temáticas (os participantes serão subdivididos em 06 subgrupos, de acordo com a cor do crachá)
Mesa Temática I: Identidade do Articulador Pedagógico: definições da profissão e atribuições
Esp. Anaiar Schuck (Instituto INCLUIR)
Dra. Dóris R. M. Furini (UFSC)
Dra. Lucena Dall'Alba (UFSC)
Dra. Olga C. Durand (UFSC)
Mesa Temática II: O Articulador Pedagógico e o Projeto Político Pedagógico
Ma. Jane Motta (SED/SC)
Dra. Jaqueline A. M. Zarbato (USJ e UFSC)
Dra. Rosa Elisabete M. W. Martins (UDESC)
Ma. Zulmara Luiza Gesser (UNIVALI e GERED Gde. Fpolis)
Mesa Temática III: O Articulador Pedagógico e a Formação Continuada na Escola
Dr. Juares da Silva Thiesen (UFSC)
Ma. Maria Aparecida H. Turnes (UNIVALI)
Ma. Nadir Peixer da Silva (UNIVALI e SED/SC)
Ma. Suzy Mary Miranda (UDESC)
14h00 às 18h00: Continuidade das Mesas Temáticas
26/10 (4ª feira)
08h00 às 12h00: Continuidade das Mesas Temáticas
14h00: Painel: A Identidade Profissional do Articulador Pedagógico: sínteses e desafios
Dra. Vera Lucia Trevisan de Souza (PUC/Campinas)
Dra. Vera Maria Nigro de Souza Placco (PUC/SP)
15h30: Palestra: Liderança e Empreendedorismo nas escolas
Me. Leo Fraiman
17h00: Solenidade de Encerramento
18h00: Encerramento

sábado, 15 de outubro de 2011

HISTÓRIA E MENSAGEM DO DIA DO PROFESSOR

No Brasil, O Dia do Professor é comemorado no Dia 15 de outubro. Já no mundo todo o Dia do Professor é celebrado em 5 de outubro.
Apesar do dia ser comemorado como feriado e também da importância do professor para a educação de uma nação, poucos conhecem a origem desta data. Tudo começou quando no dia 15 de outubro de 1827, D. Pedro I baixou um decreto Imperial criando o ensino elementar, ou seja, as primeiras escolas primárias no Brasil. O decreto federal de número 52.682/63 estabelecia que “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Além disso, o decreto falava também do salário dos professores, como deveriam ser contratados e ainda as matérias básicas que os alunos deveriam aprender.
O primeiro registro histórico em homenagem aos professores, data de 14 de maio de 1930, quando a III Semana da Educação, realizada na cidade de Bragança Paulista (interior de São Paulo), colocou em seu programa de atividades o “Dia da Escola”.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto de D. Pedro I, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor. Uma iniciativa de quatro professores de um colégio de São Paulo: Salomão Becker, Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko.
Os professores tiveram a idéia de ter um dia de parada para descanso, no período do ano letivo, depois das férias de julho, entre Agosto e Dezembro, aproveitando a data para discutir os rumos da profissão. A idéia cresceu e espalhou-se por todo o país. Ficando assim, o Dia 15 de outubro conhecido como o Dia do Professor.
Porém, foi somente no dia 14 de outubro de 1963 que a data foi reconhecida nacionalmente, valorizando assim, o profissional de educação.
Portanto não se esqueça, 15 de outubro é o dia do professor. Ele merece o seu carinho, o seu respeito e a sua consideração.

MENSAGEM: SER PROFESSOR É SACERDÓCIO

Ser professor é sacerdócio. Entrega.
Buscar novas formas de ensinar.
Com a razão, mente e também o coração.
Ser professor é sacerdócio, vontade e disposição.
Transmitindo o que sabe com dedicação.
Ser professor é um grande sacerdócio,
É chegar todo dia para
dar aula com um sorriso nos lábios,
Trocar boas energias com os alunos e
Não tentar ser o maioral, mas sim, ensinar
Simplismente de maneira eficaz e humilde.
Passando valores importantes para o aluno que tem
sede e desejo de aprendizado.
Ser professor é sacerdócio e
Principalmente gostar de cada aluno de maneira
amorosa. Afetuosa.
É sentir uma emoção especial por cada carinha entusiasmada,
que desejar ganhar conhecimento e aprender a matéria.
Ser professor é nunca esmorecer diante das adversidades.
Dos obstáculos. Da falta de vontade das instituições!
Pelo contrário: É nunca desistir. No caminho do professor
não pode existir derrota. E sim, muita vontade de
acertar e mudar o que existe de errado.
Ser professor é sacerdócio
Principalmente por formar a mente inteligente de um país.
De um Estado. De um Município. De uma Cidade.
É ter um olhar à frente. Sem jamais esmorecer e
Esquecer que ser professor é sacerdócio mas
Também um prazer!

Autor: Antonio Marcos Pires

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE


Texto extraído do blog de Amanda Gurgel, professora no Rio Grande do Norte:
"Quando ainda estávamos em greve, o Ministério Público Estadual e o Federal enviaram para as escolas estaduais do Rio Grande do Norte a recomendação de que ninguém, além dos alunos, poderia comer a merenda servida na escola. O aviso foi reiterado após a volta às aulas, e representantes das DIREDs foram convocad@s para uma advertência oficial: diretores de escola onde o “delito” fosse cometido poderiam sofrer processo administrativo e criminal.

O assunto virou manchete nos principais jornais do estado e, em todas as matérias, há sempre um representante do Poder Executivo ou do Judiciário para nos atacar, chegando inclusive a nos acusar de roubo de merenda. Diante da “polêmica” e da super exposição, o sentimento nas escolas tem sido de constrangimento e indignação.

De fato, professores (as) e funcionári@s se alimentarem com a merenda faz parte da rotina da escola. E antes de nos tratarem como “infratores”, é preciso ver que essa realidade apoia-se na dimensão concreta de nossas vidas, e só existe pelas restrições a que estamos submetid@s.

Qualquer pessoa que viva além de gabinetes, apoiado na realidade, e não apenas em peças judiciais burocráticas, percebe imediatamente porque @s professores comem na escola. Como falei na Assembleia Legislativa no dia 10 de maio, nós precisamos trabalhar dois ou três horários para garantir o próprio sustento e o de nossas famílias.

Ora, se @ professor (a) passa o dia correndo de uma escola para outra, em transportes extremamente precários, pressupõe-se que ele (a) não dispõe de tempo para ir em casa fazer uma refeição entre um turno e outro. A verdade é que, em muitos casos, a refeição não é feita nem em casa, nem na rua. Afinal, quem é @ professor (a) que nunca “flagrou” um (a) colega “almoçando” um pastel ou uma coxinha dentro de um ônibus, a caminho de uma das escolas em que trabalha?

Diante dessa consideração, há quem possa perguntar: “então porque não levam comida de casa?” e a resposta é de natureza prática: é inviável e até desumano submeter profissionais que já andam carregados de livros, diários e trabalhos a serem corrigidos ou devolvidos, a carregarem mais duas ou três refeições dentro da bolsa por obediência a uma lei elaborada por pessoas que nem precisam levar marmita na bolsa, nem andar de ônibus. É absurdo exigir dest@s heróis e heroínas que, após toda a jornada de trabalho na rua, ainda consigam administrar o tempo em casa entre planejar, corrigir, elaborar provas, dar atenção aos filhos, cozinhar e ainda ter que preparar a marmita do dia seguinte.

Também é importante dizer que, mesmo com essa jornada, muit@s trabalhadores (as) em educação ainda não alcançam a proeza de garantir o sustento de suas famílias com o salário que recebem, razão que determina outra característica da nossa categoria: o endividamento.

Essa realidade, aliás, vivida não só por professores (as), mas pela maioria d@s trabalhadores (as) brasileir@s comprova o fato de que nenhum trabalhador(a) tem condições de gastar com comida na rua o dia todo, todos os dias, e ainda garantir que haja comida em casa para o restante da família. Diriam ainda os bajuladores cruéis: “tanta gente que vive com um salário mínimo...”. A resposta a essa piada de mau gosto eu prefiro dar não com palavras, mas com um minuto de silêncio em respeito aos trabalhadores que sobrevivem no Brasil com um salário mínimo.

Falsa polêmica
A recomendação do Ministério Público, na prática, humilha e ridiculariza @s profissionais da educação. Independentemente da intenção do Judiciário, tem sido um prato cheio para os governantes. Assim, eles miram os trabalhadores, tentando nos colocar no banco dos réus, tentando dividir a comunidade escolar, jogar uns contra os outros, quando, na verdade, no interior das escolas, não existe polêmica alguma no que se refere à distribuição da merenda. Ela sempre foi distribuída a tod@s os segmentos, e isso nunca impediu ou limitou o acesso d@s alun@s à refeição, tanto que eles(as) mesm@s são @s primeir@s a discordar da recomendação.

Com a “polêmica” aberta pelo Ministério Público temas realmente importantes são deixados de lado, envoltos em fumaça. O piso nacional dos professores, por exemplo. Enquanto se discute o tal “cuscuz alegado”, que cheguei a lembrar naquela audiência, deixa-se de lado a responsabilidade sobre os salários, condições de trabalho, investimentos, o debate sobre o PNE... É o que desejam governantes que não priorizam a educação, como Rosalba ou Micarla.

Naturalmente, o Ministério Público de cada estado poderia mandar cumprir imediatamente a Lei do Piso Nacional que, mesmo sancionada na esfera federal, vem sendo sistematicamente descumprida pela maioria dos estados e municípios. Aliás, foi exigindo o cumprimento dessa lei, que muitas greves foram feitas em todo o Brasil. Greves que, por sinal, foram julgadas abusivas pelo próprio Poder Judiciário.

Se o Ministério Público não se ocupasse com questões que, definitivamente, não interferem na qualidade da educação, teria tempo para se dedicar a outros temas. Por exemplo, o sem número de turmas que ficam meses e até chegam a concluir um ano letivo sem professores (as) de determinadas disciplinas. Porque o Ministério Público não exige d@s governantes que garantam professores para todas as turmas, evitando o prejuízo aos alun@s?

Também teria tempo para ordenar a restituição e o confisco das mansões e dos carros de luxo de tod@s aqueles (as) que desviam dinheiro da merenda para comprar uísque e ração de cachorro, como em Alagoas. Teria tempo para se preocupar com desvios da educação, da saúde, inclusive da deputada corrupta Jacqueline Roriz, absolvida por seus pares. Teria tempo para garantir que a desnutrição, e todas as doenças dela decorrentes, fossem apenas uma lembrança.

Suspeito que o Judiciário esteja muito distante da realidade da população. Basta ver os ministros do STF, que acabaram de enviar pedido de reajustes que levariam o salário de cada um para R$ 32 mil. Imaginem os restaurantes que eles frequentam...

Ao insistir em discutir se @ professor (a) ou @ funcionári@ estão comendo a merenda, o Judiciário escolhe o lado errado. Sua recomendação é impossível de ser cumprida, pois choca-se com uma realidade de salários de R$ 930, tripla jornada de trabalho, quilômetros percorridos a pé ou em transportes precários, e, por isso mesmo, tem tudo para ser ignorada, e virar letra morta. Entre o que está escrito no papel e a vida real, prevalece sempre a vida real. @s miseráveis a quem a Constituição assegura o direito a alimentação, atendimento médico, moradia e segurança que o digam!

Respeito e dignidade
Dentro desse debate muitas questões tem sido levantadas, mas a principal vem sendo ignorada. O Ministério Público alega estar fazendo o seu papel, garantindo que o que está escrito no Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE seja cumprido. Em primeiro lugar, é necessário que façamos, mais uma vez, uma reflexão sobre a elaboração das nossas leis, programas, etc. e vejamos a que interesses eles atendem. Depois, é fundamental que tenhamos a consciência de que essas leis não são imutáveis, nem foram escritas por inspiração Divina, não admitindo questionamentos.

Não temos que empenhar esforços na busca por “atenuantes” para o nosso “delito”. Dizer que comemos restos, sobras, etc. só faz com que as sobras da nossa dignidade sejam jogadas de uma vez por todas na lata do lixo. A verdade sobre essa “polêmica” é uma só: se o PNAE apresenta uma visão distorcida, que considera que a escola é formada apenas pelos alunos, e não por alunos, professores (as) e funcionári@s, o erro está nele, e não em quem constrói o cotidianos das escolas.

A polêmica do cuscuz alegado é de natureza política e deve ser tratada como tal. Então, é necessário que @s deputad@s que, até agora, estão inertes diante de tamanho absurdo se posicionem, se manifestem. Se a lei está errada, cabe a eles consertá-la.

É justamente por ter a certeza de que não somos nós que estamos errad@s, que digo aos meus colegas que não se envergonhem nem se constranjam diante das acusações e ameaças. Mantenham a indignação e preparem-se para a luta. Não por um prato de comida, mas por dignidade, salário decente e condições de trabalho que abrangem, inclusive, o acesso a refeições na escola e, aliás, com qualidade bem superior à que temos hoje.

Às autoridades, peço que parem de difundir esse discurso demagógico de preocupação com a nutrição dos nossos alunos e a informação falaciosa de que a merenda servida aos trabalhadores (as) interfere na merenda servida a eles (as). Não pensem que conseguirão colocar os pais e noss@s alun@s contra nós, mesmo porque, em casa de pobre, o lema é: “onde come um, comem dois”. A vida aqui embaixo fala mais alto."

domingo, 4 de setembro de 2011


"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é muita para ser insignificante."

Charlie Chaplin

Educação: o exemplo da Coréia do Sul

Do professor Edson Elibio Beltrame, de Lages, sobre a educação de qualidade como prioridade nos governos da Coréia do Sul:

”A Coréia do Sul nos anos 50 estava destruída por uma guerra civil que dividiu a Coréia ao meio, deixou um milhão de mortos e a maior parte da população na miséria. Um em cada três coreanos era analfabeto. Hoje, oito em cada dez chegam à universidade.

A virada começou com uma lei que tornou o ensino básico prioridade. O governo investiu pesado na Educação. Os recursos foram concentrados nos primeiros oito anos de estudo, tornados obrigatórios e gratuitos, como são até hoje. Professores são valorizados, ganhando o equivalente a Engenheiros, Médicos, Juizes…Bons alunos têm bolsa de estudos e o governo incentiva pesquisas estratégicas.

O fato é que logo depois da reforma da Educação, a economia da Coréia começou a crescer rápido, em média 9% ao ano durante mais de três décadas. E hoje, graças à multidão de cientistas que o país forma todos os anos, a Coréia está pronta para entrar no primeiro mundo, tendo como cartão de visitas uma incrível capacidade de inovação tecnológica. Desde a área de computação até na genética.

Nos laboratórios onde lideram pesquisas de clonagem terapêutica, nas grandes corporações que espalharam marcas coreanas no mercado mundial de eletrônicos e de automóveis, aparece a revolução econômica que começou em casa e na escola.

No Ministério da Educação e Recursos Humanos os coreanos não querem ser perdedores. Por isso a educação é voltada para a economia”.

Fato é que Brasil e Coréia do Sul estão em caminhos opostos. O Governo Federal começou a fazer a licão de casa com a valorização dos Profissionais da educação e Aplicação dos recursos do FUNDEB. Mas o Governo estadual parece não entender a importância da Educação na alavancagem para o sucesso do País. Sr. governador, Tome como exemplo a Coréia do Sul. Invista na Educação que o retorno é garantido. Não seja mais um e sim aquele que mudou os rumos da EDUCAÇÃO DE QUALIDADE EM SANTA CATARINA.” Fonte: Blog de Moacir Pereira do Jornal Diário Catarinense - SC